sábado, 4 de janeiro de 2014

Estado de graça ou engraçadinho?

No passado dia 02/01/2014 realizou-se a 2ª reunião da 5ª sessão ordinária da Assembleia Municipal de Loures. Na discussão do seu ponto 8, que versava a temática sobre Gestão Municipal, o representante do PCTP/MRPP criticou o executivo Municipal, formado com base numa nem por isso tão bizarra aliança entre PCP/PSD, por este invocar, pela enésima vez, razões imprevistas resultantes de dívidas desconhecidas, como se tal fosse possivel, tendo em linha de conta que vereadores do PCP faziam parte do executivo camarário no mandato anterior, não podendo, por isso, vir agora alegar desconhecimento desses factos.
O nosso camarada, desmascarando de imediato o oportunismo de tal manobra, comparou-a com a velha e relha demagogia da “herança da longa noite fascista” que tem servido a todos os opurtunismos para se eximirem das suas responsabilidades e na sua deserção da luta pela defesa dos interesses do povo, salientando ainda que a causa de todas as dificuldades do povo português reside em que beneficiam unicamente os poderosos do costume.
O nosso camarada sublinhou ainda, com toda a justeza, que havia uma contradição total entre o discurso do PCP na assembleia da república contra tais políticas e a aliança que entretanto estabeleceu em Loures com o partido que protagoniza essas políticas que só têm prejudicado o povo de Loures e do País. Aliança que só se pode entender com a sede de se alcandorar a todo o custo ao poder na Câmara Municipal de Loures.
À falta de argumentação para rebater esta denúncia, Bernardino Soares não encontrou outro argumento para rebater as criticas do representante do PCTP/MRPP se não trazer a terreiro o caso do oportunista Durão Barroso com a velha e estafada alusão de ter sido militante do MRPP.
Não ficou sem resposta. Logo que foi possível o nosso camarada retomar a palavra, respondeu á provocação com exemplos de trânsfugas que atravessam todos os partidos nomeadamente no PCP. Enquanto a expulsão desses trânsfugas reforçam a justa linha política do PCTP/MRPP, no caso do PCP a sua saída não altera o oportunismo da linha política revisionista que aquele partido sempre perfilhou.
O neófito presidente da câmara e ex-deputado Bernardino Soares, confrontado com as críticas legítimas de simples gestor da crise do sistema, e contrariando todas as expectativas do Povo de Loures, mais não se lhe oferece que assumir-se como um mero provocador, furtando-se a assumir a luta de ideias. Não servindo os interesses do povo que o elegeu, há-de ser derrubado, tal como os seus parceiros de coligação o serão do governo!